Wilde Sousa Oliveira (Zé).
Formado Zé!
Um Herdeiro Legítimo Do Eterno Mestre Vovô, Fidelidade à Raiz Social da Capoeira Raça em Itabuna.
Elaborado por: Cristiano dos Santos Rocha.
Local de Formulação: Guarulhos/SP.
Última atualização: Novembro de 2025.
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Sumário:
I.Introdução e Enquadramento Metodológico:
I.A. A Capoeira como Patrimônio e a Matriz Cultural Baiana.
I.B. Itabuna, Bahia: Um Nexus de Tradição Capoeirística.
II.O Pilar Institucional: Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna.
II.A. A Linhagem Histórica e a Refundação Institucional.
II.B. Estrutura de Liderança e Alcance do Grupo.
II.C. O Trabalho Social e o Legado de Mestre Vovô.
III.Perfil Biográfico e Trajetória Formativa de Wilde Sousa Oliveira (Zé).
III.A. Dados Formais e Registro de Identidade.
III.B. A Formação Sob a Tutoria Social de Mestre Vovô.
III.C. A Certificação Técnica por Mestre Magrelo e a Jornada Institucional.
O Período de Transição e o Vínculo Primário.
IV.O Papel e a Função do Aluno Formado na Itabuna Contemporânea.
IV.A. Hierarquia, Doutrina e Cadeia de Comando.
IV.B. A Liderança Local e a Gestão da Continuidade.
IV.C. A Transformação Pessoal e o Foco Comunitário.
VI.implicação Social, Rituais e Sustentabilidade Cultural.
V.A. A Contribuição de Zé para a Manutenção do Rito.
V.B. A Capoeira como Ecossistema Social.
V.C. O Futuro da Liderança em Itabuna.
VI.Conclusão do Dossiê.
VII. Menção ao Criador do Dossiê.
VIII. Referências e Documentos Utilizados.
Dossiê Analítico: Wilde Sousa Oliveira (Zé) – Um Guardião da Tradição na Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna.
I. Introdução e Enquadramento Metodológico.
I.A. A Capoeira como Patrimônio e a Matriz Cultural Baiana.
A Capoeira vai além de arte marcial/esporte, sendo Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. É uma complexa expressão de resistência, identidade afro-brasileira e saberes tradicionais. A trajetória de um capoeirista deve ser analisada pelo prisma de suas habilidades e do ecossistema cultural e social que o forma.
O presente dossiê visa traçar um perfil aprofundado de Wilde Sousa Oliveira, conhecido no meio da Capoeira pelo apelido Zé, membro da Associação Cultural Capoeira Raça (ACCR). A análise se baseia na triangulação de dados biográficos formais, extraídos do cadastro oficial no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com a contextualização etnográfica e histórica da instituição de pertencimento do capoeirista e, crucialmente, com o testemunho direto do próprio Formado Zé, obtido em entrevista. O foco metodológico reside em situar a graduação e a função de Zé dentro da linhagem de mestres e do mandato social inerente ao Grupo Raça em Itabuna, Bahia, e em seu vínculo de colaboração com líderes como Contramestre Itamar (Jaca).
I.B. Itabuna, Bahia: Um Nexus de Tradição Capoeirística.
A cidade de Itabuna não serve apenas como o local de nascimento e formação de Zé, mas representa um pólo histórico e rigoroso de excelência na Capoeira baiana. É a cidade natal de figuras lendárias que alcançaram projeção internacional, como Mestre Suassuna e Mestre Luís Medicina, ambos fundadores originais de linhagens cruciais do Grupo Raça. Essa conexão profunda com líderes de renome mundial confere ao ambiente de Capoeira em Itabuna uma exigência de qualidade técnica e uma responsabilidade pela manutenção da "raiz".
Itabuna tem um histórico notável na capoeira competitiva, vencendo quatro vezes os jogos internos estaduais (exceto Salvador, que arbitra). Essa tradição de sucesso, especialmente no Grupo Raça, equilibra alta performance e engajamento social. O surgimento de um Aluno Formado como Zé, após anos nesse ambiente, confirma seu reconhecimento por habilidade e aceitação no rigoroso cenário histórico e competitivo da Capoeira Itabunense.
II. O Pilar Institucional: Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna.
A trajetória de Wilde Sousa Oliveira é inseparável da história e da filosofia da Associação Cultural Capoeira Raça, uma organização marcada por profundas raízes comunitárias e uma linhagem de mestres influentes.
II.A. A Linhagem Histórica e a Refundação Institucional.
O Grupo Capoeira Raça tem suas origens em Itabuna na década de 1960, sob a liderança inicial de Mestre Suassuna . Posteriormente, Mestre Luís Medicina, também natural de Itabuna, assumiu a coordenação do grupo localmente antes de fundar o Grupo Capoeira Kilombolas em Salvador .
A consolidação institucional moderna ocorreu em 1997, quando a Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna foi formalmente estabelecida. Essa refundação se deu pela união dos alunos do Mestre Medicina, sob a coordenação de Mestre Magrelo (Valdecir Alcântara) e Mestra Vanessa. Essa transição é indicativa da capacidade de auto-organização e da resiliência do grupo em preservar sua identidade mesmo com mudanças na liderança fundadora. A sede atual da associação está localizada na Rua Bela Vista, no bairro Conceição, em Itabuna.
II.B. Estrutura de Liderança e Alcance do Grupo.
A liderança técnica do Grupo Raça é atribuída ao Mestre Magrelo, que teve um papel fundamental ao selecionar os atletas que garantiram as quatro vitórias de Itabuna nos jogos internos estaduais. No entanto, apesar de sua importância histórica e técnica, o Mestre Magrelo depois de um período na Itália, já está de volta ao Brasil, residindo em seu sítio próximo a Itabuna, em Santa Luzia. Essa ausência física implica que a responsabilidade pela manutenção das atividades diárias, dos projetos sociais e da organização local recai sobre os contramestres, professores e formados.
A ACCR demonstra um alcance geográfico significativo, com regionais atuantes na Bahia (Ilhéus, Coaraci, Cruz das Almas), Minas Gerais, Rio Grande do Norte, São Paulo, e internacionalmente no Chile. Este reconhecimento atesta a doutrina e a metodologia do grupo como um modelo replicável, mas também reforça a importância estratégica dos líderes locais, como Zé, para a manutenção da coesão na cidade de origem.
II.C. O Trabalho Social e o Legado de Mestre Vovô.
O Grupo Raça, com foco em inclusão, promove batizados e encontros de Capoeira para crianças da periferia (São Pedro, Califórnia, Ferradas e Urbis 4), incluindo as com Síndrome de Down.
Mestre Vovô (Antônio Neviton dos Santos), mestre de Wilde Sousa Oliveira (Zé) e pilar do grupo, dedicou-se à Capoeira como ferramenta de desenvolvimento humano e social. Iniciou seu projeto comunitário na Urbis IV em 1997, expandindo-o para outras comunidades carentes.
Vovô (falecido em 2013) era um líder exemplar, usando a disciplina da Capoeira Regional (herança de Mestre Magrelo) e uma pedagogia de "Inclusão Radical" para guiar jovens vulneráveis. Suas aulas eram centros de formação cidadã, ensinando valores e incluindo o vasto repertório afro-brasileiro.
O sucesso da Associação Raça depende dos coordenadores locais, sendo o programa social de Vovô crucial para a adesão e retenção de alunos. Alunos como Zé dão continuidade ao legado. O trabalho do grupo é reconhecido e validado por parcerias com entidades como Bahia Gás, ACATE e IOR.
III. Perfil Biográfico e Trajetória Formativa de Wilde Sousa Oliveira (Zé).
III.A. Dados Formais e Registro de Identidade.
Wilde Sousa Oliveira (Zé) possui um perfil formal e verificável no cadastro da Capoeira (IPHAN), o que garante a rastreabilidade e a legitimidade de sua trajetória .
Nascido em 31 de março de 1992, Zé iniciou seu aprendizado na Capoeira em 2000, aos nove anos de idade, na cidade de Itabuna. Seu primeiro contato ocorreu na escola Frederico Smith Lima, sendo convidado pelo então aluno, hoje Contramestre Itamar (Jaca), a conhecer a academia do Mestre Vovô Antônio Neviton, onde começou a treinar. Este vínculo inicial com Jaca é significativo, pois ele próprio foi um dos primeiros alunos de Mestre Vovô a começar o trabalho de ensino na Urbis IV, na Escola Frederico Ismit Lima, em um projeto conhecido como "Amigos da Escola". Zé foi atraído pela energia da roda, pelos movimentos, pela música e pelo ambiente de amizade. Ele é conhecido na Roda pelo apelido Zé.
O apelido Zé o acompanha desde antes da Capoeira, embora tenha havido uma tentativa de apelidá-lo de "Lombo sujo," mas Zé prevaleceu.
Sua graduação atual é de Aluno Formado, cordão nas cores verde, amarelo e azul, conhecido como cordão trançado.
Tabela 1: Perfil Formal de Wilde Sousa Oliveira (Zé)
III.B. A Formação Sob a Tutoria Social de Mestre Vovô.
O mestre principal na formação de Zé, conforme registrado, é Antônio Neviton dos Santos, Mestre Vovô. Esta conexão é a característica mais significativa da formação de Zé, sendo Mestre Vovô o agente comunitário crucial do grupo.
A trajetória de Mestre Vovô foi forjada por uma tríade de influências que, por sua vez, moldaram a formação de Zé]:
A Base Técnica: Mestre Vovô foi formado por Mestre Magrelo (Valdecir Alcântara), que lhe incutiu o rigor técnico e a mentalidade competitiva do jogo Regional.
A Estrutura Institucional: Mestre Luiz Medicina (fundador do Grupo Raça) forneceu a Vovô a visão organizacional e a experiência em gestão de grandes eventos.
A Visão Cultural: A conexão com Mestre Suassuna, de quem recebeu validação e uma plataforma para projetar seu trabalho em eventos nacionais ("Capoeirando"), deu a Vovô a ambição de apresentar a Capoeira como um universo de expressões afro-brasileiras.
Mestre Vovô incutiu em Zé a disciplina, a objetividade no jogo Regional e a busca pela excelência. Esta base técnica foi combinada com o trabalho social, utilizando a Capoeira para guiar jovens vulneráveis, o que influenciou profundamente a trajetória de Zé. A sua trajetória está, portanto, ligada à missão da Associação Cultural Capoeira Raça de disseminar não apenas a luta, mas também a cultura, a luta e a resistência de um povo, conforme a filosofia do grupo.
III.C. A Certificação Técnica por Mestre Magrelo e a Jornada Institucional.
Wilde Sousa Oliveira obteve sua graduação de Aluno Formado em 2014, formalmente conferida por Valdecir Alcântara, Mestre Magrelo. Esta graduação, após 14 anos de dedicação, foi alcançada em conjunto com outros capoeiristas, que se formaram professores, como: Gué, Zoreba, Itamar (Jaca) e Carlos (Zoião), e simbolizou a evolução, disciplina e dedicação.
O Período de Transição e o Vínculo Primário.
Após a graduação, muitos dos companheiros de Wilde (Zé) deixaram o Grupo Raça, fundando a Escola de Capoeira Casa do Vovô (CDV) em 30 de maio de 2016 para preservar os ensinamentos de Mestre Vovô. Wilde Sousa Oliveira (Zé) inicialmente colaborou com a CDV. Contudo, após a morte de Mestre Vovô, Zé e Contramestre Itamar (Jaca) permaneceram no Grupo Raça, ao qual Zé retornou integralmente em 2018.
Zé e Jaca, que começou em 1999, são os principais expoentes da linhagem de Mestre Vovô que mantiveram fidelidade institucional ao Grupo Raça. Embora Zé continue a frequentar a Casa do Vovô, seu vínculo primário é a Associação Cultural Capoeira Raça, onde assegura a continuidade do legado social de Vovô sob a autoridade técnica de Magrelo, reforçando a estabilidade do grupo.
Tabela 2: Dualidade da Mentoria e Implicações na Carreira de Zé:
A formação sob esta dualidade de liderança coloca Zé como um candidato ideal para a liderança local, capaz de unir o alcance comunitário com a excelência organizacional exigida pelo grupo.
IV. O Papel e a Função do Aluno Formado na Itabuna Contemporânea.
IV.A. Hierarquia, Doutrina e Cadeia de Comando.
O status de Aluno Formado em Capoeira, alcançado por Zé em 2014 (nível anterior a Professor), atesta proficiência técnica, musical e ritualística avançada. Essa graduação exige a responsabilidade de ensinar e coordenar núcleos menores sob supervisão, e para Zé, simboliza evolução, disciplina e maior responsabilidade no grupo.
Na hierarquia do Grupo Raça, Zé reporta-se diretamente a Mestre Magrelo (líder técnico), apesar da distância. Seu forte vínculo com o Contramestre Itamar (Jaca) é notável, pois Jaca o introduziu na Capoeira, sendo ambos da mesma linhagem e parceiros no mesmo bairro (ACCR).
Contramestre Itamar (Jaca), discípulo de Mestre Vovô, atua em Itabuna (bairros Jorge Amado e Urbis IV), usando a Capoeira para acolher jovens. Ele se engaja com o poder público (FICC) e milita por leis antirracistas (Lei 10.639/03), valorizando a Capoeira como Patrimônio Imaterial.
A parceria entre Zé (Formado) e Jaca (Contramestre) une o apoio técnico de Magrelo à militância e ao trabalho de base de Vovô, herdados por Jaca.
A Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna incentiva o estudo teórico e histórico da Capoeira, visto como complemento vital à prática. Zé exemplifica isso, mantendo-se conectado à arte através de estudo, observação e treino.
IV.B. A Liderança Local e a Gestão da Continuidade.
Com a presença de Mestre Magrelo, o líder técnico, sendo exercida a distância por residir em Santa Luzia, a gestão do Grupo Raça em Itabuna depende integralmente de seus líderes locais graduados. Zé, com uma década de experiência no nível de Formado e seu retorno definitivo ao grupo em 2018, é um pilar vital na manutenção da estrutura.
Os coordenadores locais (que incluíam Mestre Vovô) eram responsáveis por organizar eventos de grande escala, como os batizados, que chegaram a envolver quase 300 crianças. A longevidade de Zé no status de Formado o posiciona como parte da memória institucional do Grupo Raça em Itabuna. É ele e sua geração de graduados que, em parceria com Jaca, garantem a continuidade dos trabalhos iniciados por Vovô em bairros como Urbis IV e Jorge Amado, mantendo a relevância e a visibilidade social do grupo.
IV.C. A Transformação Pessoal e o Foco Comunitário.
Para Zé, a Capoeira foi além da prática física. Tornou-se um pilar de transformação, moldando sua personalidade e caráter. Por meio dela, ele internalizou valores essenciais: respeito pela ancestralidade e companheiros, humildade no aprendizado contínuo, paciência para o momento certo (na roda e na vida) e dedicação à tradição.
A Capoeira o transformou interna e externamente, dando-lhe agilidade, força e ritmo. Fortaleceu sua mente, ensinando resiliência e ampliando sua visão de mundo através da rica cultura da arte. Concedeu-lhe equilíbrio emocional, funcionando como meditação ativa e válvula de escape. Acima de tudo, a prática disciplinada ensinou-lhe a importância vital de se manter firme no que ama, transformando a paixão pela Capoeira em lema de vida e diretriz moral.
A ausência de um rastro digital público e autopromocional de Mestre Zé Wilde (Itabuna, Bahia) não significa inatividade. Pelo contrário, reflete uma priorização consciente do trabalho presencial, tangível e comunitário. Ele é o guardião disciplinado e rigoroso da tradição da Capoeira Angola e Regional, focado na pureza da arte, acessibilidade e transmissão do patrimônio cultural a comunidades historicamente marginalizadas. Seu verdadeiro valor reside no impacto local profundo, e não na projeção virtual.
V. Implicação Social, Rituais e Sustentabilidade Cultural.
V.A. A Contribuição de Zé para a Manutenção do Rito.
Sob a orientação de líderes dedicados, o Grupo Raça em Itabuna é um vibrante centro de Capoeira que preserva e difunde a arte como uma manifestação cultural completa. Sua metodologia abrangente inclui oficinas detalhadas focadas nos fundamentos da arte, como o aprendizado e domínio do Berimbau, os Toques, o Canto, a Música e, crucialmente, os Rituais e Tradições que legitimam a prática.
O papel do Formado Zé Wilde é insubstituível. Seu título não é apenas técnico, mas lhe confere autoridade cerimonial e responsabilidade pedagógica na roda. Zé Wilde vai além da instrução física, sendo crucial na transmissão dos elementos não-físicos da Capoeira, como linhagem, história, filosofia, ética e rituais. Essa fiel transmissão é vital para preservar a Capoeira como Patrimônio Imaterial.
A manutenção rigorosa de rituais como o Batizado e a Troca de Cordas garante que o Grupo Raça continue como uma autêntica força de resistência cultural brasileira. Em um cenário de rápidas transformações, o grupo oferece refúgio e vetor de identidade. Ao levar a Capoeira e o legado de Vovô diretamente a comunidades vulneráveis de Itabuna, Zé atua como mediador cultural. Ele conecta o saber ancestral à juventude, garantindo que o conhecimento, a técnica e o significado cultural da Capoeira cheguem à próxima geração. Desta forma, cumpre o papel social da Capoeira de educar, empoderar e construir pontes através da arte e da tradição.
V.B. A Capoeira como Ecossistema Social.
A Associação Raça e sua Capoeira se baseiam na filosofia de ser um "ecossistema que transforma vidas", integrando a Capoeira a pilares sociais (educação, cultura, arte, ciência e tecnologia).
Sua sustentabilidade exige uma transição geracional: a passagem de responsabilidade, conhecimento e autoridade dos Mestres fundadores (Vovô, Arrepiado, etc.) para os Formados, que assumirão a operação e pedagogia.
Zé Wilde simboliza o sucesso da transição e do projeto social do Mestre Vovô. Ele começou na Capoeira da Associação Raça em 2000, liderou em 2014 e, em 2018, reafirmou seu compromisso no Grupo Raça.
A história de Zé Wilde é vital para a ACCR (Associação de Capoeira Cidadã Raça), validando seu impacto social. Sua liderança e sucesso reforçam a credibilidade da organização junto a parceiros e autoridades (ex: Bahia Gás), demonstrando a legitimidade e o profundo impacto de seu trabalho.
V.C. O Futuro da Liderança em Itabuna.
A estabilidade futura do Grupo Raça em Itabuna depende intrinsecamente da ascensão contínua de líderes locais como Zé ao nível de Professor e Contramestre. Com sua experiência de formação dupla (ética social de Vovô e rigor técnico de Magrelo), Zé está bem posicionado para assumir maiores responsabilidades pedagógicas e organizacionais.
A tradição do grupo em formalizar parcerias institucionais oferece à sua geração a oportunidade de expandir a atuação do grupo, garantindo os recursos e a visibilidade necessários para os projetos de base que Mestre Vovô estabeleceu e que Zé e Jaca ajudaram a manter. A sua função atual é a de garantir o controle de qualidade e a fidelidade histórica no cenário geográfico do Grupo Raça.
VI. Conclusão do Dossiê.
Wilde Sousa Oliveira, carinhosamente Zé, é um ilustre Aluno Formado da Associação Cultural Capoeira Raça, de Itabuna. Sua trajetória está profundamente enraizada na tradição histórica e no vibrante tecido sociocultural da região.
A jornada de Zé Wilde na Capoeira Raça, iniciada em 2000 a convite de Itamar (Jaca), vai além do movimento, abrangendo três pilares cruciais: Técnica (movimentos e rituais), Organizacional (manutenção e expansão da associação) e Cultural (fundamentos históricos e filosóficos).
Forjado sob Mestre Vovô (Itabuna), que lhe incutiu disciplina e conhecimento ancestral, e Mestre Magrelo, que validou sua formação, Zé Wilde é Aluno Formado. Ele preserva o legado de seus mestres, sendo um pilar em Itabuna e contribuindo para o reconhecimento da Capoeira Raça como guardiã da cultura afro-brasileira.
Sua trajetória institucional é marcada pela fidelidade à linhagem original, retornando ao Grupo Raça em 2018, antes de colaborar na fundação do Grupo Casa do Vovô.
Na Associação de Capoeira Cultural Raça (ACCR), Zé Wilde se reporta a Mestre Magrelo e atua em forte parceria com Contramestre Itamar (Jaca). Juntos, compartilham o trabalho comunitário no bairro Urbis IV, em Itabuna, preservando o legado social e pedagógico de Mestre Vovô.
Zé Wilde é o símbolo do sucesso da inclusão social da Capoeira na Urbis IV, iniciada por Mestre Vovô em 1997. Ele não só manteve, mas expandiu o trabalho, tornando-se um líder local vital. Sua atuação assegura a continuidade da essência do Grupo Raça, mantendo a Capoeira como ferramenta de transformação social e referência cultural em Itabuna.
VII. Menção ao Criador do Dossiê:
Este dossiê, fundamental para a salvaguarda e o aprofundamento do legado institucional do Grupo Raça de Itabuna, foi idealizado e criado por Cristiano dos Santos Rocha (Instrutor Alemão). Instrutor Alemão é um capoeirista que pertence à mesma linhagem pedagógica de Mestre Vovô (Antônio Neviton dos Santos), demonstrando o compromisso dos discípulos em manter vivo e documentado o legado sociopedagógico do mentor na comunidade.
VIII. Referências e Documentos Utilizados.
A elaboração deste dossiê baseou-se em informações biográficas, históricas e institucionais, trianguladas com o testemunho direto do Formado Zé e a documentação dos líderes de sua linhagem.
Documentos Utilizados (Anexos e Entrevista).
Wilde Sousa Oliveira (Formado Zé): Entrevista adaptada para a graduação de Aluno Formado (uploaded: entrevista respondida Zé.pdf)
Antônio Neviton dos Santos (Mestre Vovô): O Axé que Permanece: Trajetória, Pedagogia Social e o Legado (uploaded: Vovô Finalizado!.pdf)
Itamar Souza (Contramestre Jaca): Legado do Mestre Vovô, Ativismo Cívico e a Sustentabilidade da Capoeira em Itabuna, Bahia (uploaded: Itamar jaca, finalizado!.pdf)
Referências Citadas (Fontes Externas).
1 Scribd. História do Grupo de Capoeira Raça | PDF | Escravidão. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/321513927/Cartilha-Do-Raca
2 Portal Capoeira. Grupo Capoeira Raça: Quarenta anos de ensino do Mestre Medicina. Disponível em: https://portalcapoeira.com/capoeira/eventos-agenda/grupo-capoeira-raca-quarenta-anos-de-ensino-do-mestre-medicina/
3 Didache. Mestre Delzamar, Mestra Vanessa e o Grupo Raça Itabuna promovem grande evento de capoeira. Disponível em: http://www.didache.tripod.com/id1.html
4 IPHAN - Associação Cultural Capoeira Raça de Itabuna. Informações do grupo e entidade. Disponível em: https://capoeira.iphan.gov.br/index.php/grupo/infor/1447
5 Capoeira Raiz de Itabuna. História. Disponível em: https://raizdeitabuna.com.br/historia
6 Capoeira Raiz de Itabuna. Projeto. Disponível em: https://raizdeitabuna.com.br/projeto
7 YouTube. Capoeira é um ecossistema que transforma vidas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5D6I--DxxD8
8 Referências extraídas e combinadas dos documentos anexos sobre Zé, Vovô e Jaca (entrevista respondidada Zé.pdf, Vovô Finalizado!.pdf, Itamar jaca, finalizado!.pdf).
Referências citadas
História do Grupo de Capoeira Raça | PDF | Escravidão - Scribd, acessado em novembro 22, 2025, https://pt.scribd.com/document/321513927/Cartilha-Do-Raca
Grupo Capoeira Raça: Quarenta anos de ensino do Mestre Medicina, acessado em novembro 22, 2025, https://portalcapoeira.com/capoeira/eventos-agenda/grupo-capoeira-raca-quarenta-anos-de-ensino-do-mestre-medicina/
Eventos - Didachê Brasil, acessado em novembro 22, 2025, http://www.didache.tripod.com/id1.html
associação cultural capoeira raça de itabuna, acessado em novembro 22, 2025, https://capoeira.iphan.gov.br/index.php/grupo/infor/1447
entrevista respondidada Zé.pdf
História - Capoeira Raiz de Itabuna, acessado em novembro 22, 2025, https://raizdeitabuna.com.br/historia
Projeto - Capoeira Raiz de Itabuna, acessado em novembro 22, 2025, https://raizdeitabuna.com.br/projeto
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